quarta-feira, 26 de setembro de 2007

CPI quer ampliar isenção de ICMS sobre a energia



A CPI da Enersul estuda elaborar projeto de lei na Assembléia Legislativa para acabar com a cobrança, pelo Governo do Estado, do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na tarifa de energia de quem consome até 80 quilowatts/mês, o que equivaleria a uma conta mensal de R$ 34,40. Hoje, recebem o benefício apenas quem consome até 51 quilowatts/mês, o que representa R$ 21,93 mensais. O ICMS representa 22,31% do custo da energia usada por 689.951 consumidores em 73 municípios do Estado.

A apresentação e a elaboração desta proposta ganharam corpo na reunião da Comissão de Minas e Energia da Câmara do Deputados, realizada ontem em Brasília, com a participação do Secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ronaldo Schuck; o diretor-geral substituto da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino; o diretor-presidente da Enersul, Antônio Eduardo da Silva Oliva, e o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), presidente da CPI.

A sugestão de aumentar a faixa da isenção da cobrança do ICMS pelo Governo do Estado partiu do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), que esteve na reunião. O parlamentar é autor do projeto de lei complementar 182/2004, em tramitação na Câmara.

O projeto acrescenta ao artigo 13 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996: "Nas operações relativas a energia elétrica, fica excluído da base de cálculo do imposto o montante da parcela de consumo custeado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE para atendimento à subvenção econômica destinada à modicidade da tarifa aos consumidores finais integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, de que trata a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002."

"Cobrar ICMS do consumidor de baixa renda é crime. Em Mato Grosso do Sul é necessário haver campanha para orientar os consumidores de baixa renda", enfatizou Aleluia.

O deputado federal Vander Loubet (PT), que propôs o debate sobre os reajustes da Enersul, afirmou que a proposta de acabar com o ICMS "tem que ser um movimento de toda bancada, de todos os Estados porque vai atender toda a população brasileira que mais precisa e que tem mais dificuldades em pagar sua energia".

Paulo Corrêa disse que proposta de aumentar o limite de isenção da cobrança será discutida pelos membros da CPI. "Já tivemos vários avanços, mas vamos verificar onde podemos avançar mais. O deputado Aleluia se colocou à disposição para que possamos encaminhar no Estado e também queremos saber o PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), que são impostos federais que incidem na parcela. Aqui em Brasília, o deputado Vander vai fazer o encaminhamento", explicou.

O ICMS representa 22,31% do valor da conta, a Cofins 7,22% e o PIS, 1,71%, segundo relatório da Aneel.

"Não temos competência para disciplinar a tributação. Mas há um posicionamento técnico da Aneel para não se cobrar ICMS de baixa renda", explicou o diretor da Aneel, justificando que a desoneração cabe aos governos federal, estaduais e municipais.


Baixa renda

Hoje, a Enersul concede redução na tarifa de energia de quem consome até 220 Kwh, porém a isenção de ICMS só ocorre no Estado do Espírito Santo. Quem está inserido no Programa Baixa Renda precisa ter renda familiar per capita de R$ 120 e estar incluído em um dos programas sociais do Governo federal.

Fonte: Correio do Estado

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Deputados estaduais participam de audiência sobre a tarifa de energia em Brasília

O presidente da CPI da Enersul, o deputado Paulo Corrêa (PR), e o deputado Paulo Duarte (PT), participarão da audiência pública para debater a tarifa de energia elétrica em MS promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, em Brasília, nesta terça-feira (25).

A proposta partiu do deputado federal Vander Loubet (PT) que tem como objetivo ouvir representantes da concessionária de energia e saber o motivo do alto preço aplicado da tarifa no Estado, os constantes aumentos e as reclamações dos consumidores da falta de atendimento.

Ainda nesta segunda-feira, os deputados estaduais se reunirão com representantes da Aneel, onde estarão apresentando a proposta de realizar as audiência públicas para discussão sobre a revisão tarifária, que acontece em cinco anos, na Assembléia Legislativa. Corrêa explicou que a Enersul geralmente realiza o debate em locais distantes e não fazem muita publicidade da audiência. "No próximo ano a Enersul deverá promover a discussão sobre o reajuste e queremos a participação da população", ressaltou.

Corrêa disse que irá propor a concessionária reduzir ainda mais a tarifa. "A CPI conseguiu abaixar de 3,46% para 3,014%, fazendo MS ocupar o terceiro lugar do ranking da tarifa mais cara, queremos reduzir ainda mais", acrescentou.