quinta-feira, 26 de julho de 2007

Charge do dia - Correio do Estado

Enersul lucrou 237,7% no 1º semestre

A Enersul lucrou 237,7% no primeiro semestre de 2007, comparando-se ao mesmo período do ano passado. Balanço das Energias do Brasil, que controla a distribuidora, aponta que o lucro líquido da empresa saltou de R$ 11,263 milhões para R$ 38,036 milhões. O demonstrativo financeiro foi divulgado na última terça-feira, mesma data em que a diretoria da concessionária prometeu à CPI, que apura as causas do alto custo do serviço no Estado, baixar as contas dos quase 700 mil consumidores sul-mato-grossenses.

No mesmo período, a receita bruta da distribuidora alcançou R$ 633,689 milhões, 14,04% acima dos R$ 555,668 milhões verificados anteriormente. A multinacional teve ainda receita líquida de R$ 422,733 milhões no semestre passado, contra os R$ 358,546 milhões dos seis primeiros meses de 2006 – elevação de 17,90%.

Enquanto isso, o número de clientes da Enersul aumentou apenas 3,98%. No primeiro semestre de 2006, eram 668.062 consumidores, número que passou para 694.707. Já o volume de energia distribuído obteve crescimento de 5%.

Para o relator da CPI, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), o lucro obtido pela Enersul é oriundo da elevação da tarifa em Mato Grosso do Sul. "Só aumentando em R$ 1 a conta dos quase 700 mil consumidores, são em torno de R$ 700 mil a mais por mês, imagine então se aumentar R$ 10", exemplificou.

Dia oito de abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Enersul a reajustar a tarifa em 3,46% para os consumidores residenciais e 2,58% para as indústrias. Porém, clientes residenciais sentiram no bolso um aumento entre 12% a 15,81% e os industriais afirmaram que o reajuste passou de 8,9%.

Diante do lucro líquido superior a 237% obtido pela Enersul, Marquinhos Trad espera que a concessionária apresente uma proposta na qual se proponha a reduzir em pelo menos 20% a conta dos consumidores sul-mato-grossenses. "Acho esse percentual justo. Seria o ponto de equilíbrio entre o valor da tarifa e a capacidade de pagamento do usuário", frisou.

O relator da CPI revelou não estar surpreso com o lucro obtido pela Enersul. "Quando o diretor-executivo da empresa, Jorge Martins, anunciou, durante depoimento à CPI, que o superávit anual da concessionária era de apenas 5%, estranhei, pois como é possível o patrimônio da empresa passar do vocábulo milhão para bilhão em poucos anos", comentou. Conforme a CPI apurou, em quatro anos, o patrimônio da Enersul pulou de R$ 625 milhões para R$ 1,2 bilhão.

Enquanto a Enersul lucrou 237,7% no semestre, o Grupo Energias do Brasil, que comanda ainda distribuidoras de energia nos estados de São Paulo e Espírito Santo, registrou lucro líquido consolidado de R$ 240,837 milhões. O valor é 92,13% acima do verificado no mesmo período do ano passado.

Data definida

Conforme antecipou ao Correio do Estado o presidente da CPI da Enersul, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), a concessionária irá apresentar o percentual de redução nas contas dos clientes dia 3 de agosto, às 15h, na Assembléia Legislativa. Apesar do lucro obtido no primeiro semestre do ano, o diretor de regulação da empresa, José Simões Neto, disse que "será difícil encontrar uma maneira para viabilizar a redução das contas".

Fonte: Correio do Estado

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Juiz proíbe Enersul de cortar fornecimento em Camapuã

A Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) foi impedida judicialmente de cortar o fornecimento de energia para os consumidores de Camapuã.

A decisão, do juiz da 2ª Vara Deni Luiz Dalla Riva, é favorável a ação do MPE (Ministério Público Estadual). Pela decisão, a concessionária será multada em R$ 500 por corte de energia e, ainda, terá que indenizar os consumidores que foram lesados pela suspensão do fornecimento.

A empresa foi condenada, ainda, a divulgar no período de 30 dias a sentença em jornal de circulação municipal ao menos uma vez por semana. Caso não cumpra a condenação, a Enersul será multada em R$ 50 mil.

Fonte: Campo Grande News

Charge do dia - Correio do Estado

Enersul promete reduzir contas de luz

Pressionada pelos efeitos das investigações da CPI, a Enersul assegurou ontem que irá baixar a conta de energia dos quase 700 mil consumidores sul-mato-grossenses. O compromisso foi firmado em reunião com os membros da comissão, que apuram as causas do alto custo do serviço no Estado. O percentual a ser reduzido deverá ser divulgado na próxima semana.

Segundo o diretor de regulação da multinacional, José Simões Neto, começa hoje um profundo estudo a fim de encontrar alternativas para viabilizar a redução das contas. O ponto de partida da concessionária consiste em negociar com agentes financiadores e com a cadeia produtiva. "Será difícil encontrar uma solução, mas estamos dispostos a atender à reivindicação da comunidade", afirmou Simões.

Apesar de o diretor-executivo da Enersul, Jorge Martins, ter condicionado, durante seu depoimento à CPI, um desconto imediato de 10% à disposição de o Governo federal em assumir os custos com a rede de transporte básico, o vice-presidente da comissão, deputado estadual Paulo Duarte (PT), informou que a empresa garantiu que a redução das contas independerá de ações da União e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "O que eles irão fazer para viabilizar o desconto não interessa, basta que ele seja efetivado em um curto espaço de tempo", comentou o parlamentar.


CPI continua

Independentemente do anúncio da concessionária, os trabalhos da comissão terão continuidade, assegurou o relator da CPI, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB). "O nosso objetivo é baixar o valor das contas, mas as supostas irregularidades apuradas na multinacional não deixarão de ser investigadas. Todo o material será encaminhado à Aneel e ao Ministério Público Estadual", disse. Ele comentou ainda que a comissão está decidida a não prorrogar o prazo concedido à empresa para revelar o percentual de redução.

Caso o valor definido pela concessionária não satisfaça a população, o presidente da CPI, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), assegurou que a comissão irá apresentar uma contraproposta.

O parlamentar enfatizou ainda que o grupo tem outros objetivos, além de reduzir a conta dos consumidores. Conforme Paulo Corrêa, será formulado Termo de Ajuste de Conduta (TAC). No documento, a CPI irá propor uma fórmula para a população ter conhecimento do que acontece na Enersul e de como ela determina os reajustes tarifários solicitados à Aneel. Além disso, ele considerou importante estabelecer uma maneira para garantir a eficiência energética no Estado.

Fonte: Correio do Estado

terça-feira, 24 de julho de 2007

Enersul vai apresentar proposta para redução da conta de energia

Dentro de uma semana os deputados que compõem a CPI da Enersul deverão receber da diretoria da empresa uma proposta formal para a redução do valor das contas de energia no Estado. Esse acordo resultou da reunião técnica realizada esta tarde na sala da presidência da Assembléia Legislativa.

“Isso é o que estamos buscando desde o início da CPI”, comentou o deputado Paulo Duarte (PT), vice-presidente da CPI, lembrando que o entendimento com a empresa é apenas uma primeira etapa, já que a questão envolve também outros atores, como o governo federal e o governo estadual.

Para o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR), o fato de a empresa sinalizar com a possibilidade de redução das contas representa um grande avanço. “Lembrando que não se trata de redução de tarifas, mas sim de redução do valor total da conta de energia, que nós, em Mato Grosso do Sul, não estamos conseguindo mais pagar”, disse.

A data da reunião para apresentação da proposta da empresa deverá ser informada amanhã (25) pela diretoria da empresa. O diretor de regulação da Enersul, José Simões, explicou que o prazo de uma semana é necessário para que a empresa estude alternativas que possibilitem a redução do valor das contas. “É uma fase de estudo, necessária para que possamos chegar a algo factível. São muitos os agentes envolvidos e temos várias limitações. Por isso precisamos desse prazo”, explicou.

De acordo com o deputado Paulo Corrêa, a CPI vai aguardar a proposta da empresa para que possa definir outras etapas de trabalho.

Fonte: www.al.ms.gov.br

Redução no valor da conta não cessa CPI da Enersul


Presidente da CPI da Enersul, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR) disse nesta tarde de terça-feira (dia 24) que independente de a empresa reduzir o valor da conta de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, os trabalhos terão continuidade na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Corrêa lembrou que os integrantes da CPI preferiram não estabelecer o percentual a ser aplicado na redução da conta e que vão aguardar a proposta que será apresentada na próxima semana pela Enersul.

Segundo o deputado do PR, a CPI serviu para convencer a empresa da redução no valor da conta energia elétrica para os consumidores de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Midiamax

Diretor da Enersul avalia redução da conta de energia elétrica

Ao terminar a reunião com os membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) agora há pouco na Assembléia Legislativa, o diretor de regulação da Enersul, José Simões, anunciou a decisão da empresa em promover estudo de viabilidade de redução no valor da conta de energia elétrica para os consumidores de Mato Grosso do Sul.

Segundo ele, a reunião desta tarde foi solicitada pela empresa para discutir o assunto com a CPI.

No entanto, José Simões pediu o prazo de uma semana para que a Enersul apresente o resultado do estudo e comunicãção do possível percentual a ser aplicado na redução. Simões disse ainda que não pode antecipar nada porque envolve outros "atores", disse o diretor de regulação da Enersul.

Fonte: Midiamax

Diretor da Enersul presta primeiro depoimento à CPI

Durou cinco horas o primeiro depoimento à CPI da Enersul, feito pelo diretor-executivo da empresa, Jorge Manuel Moreira Martins. Ele respondeu a questionamentos feitos pelos cinco membros da Comissão e, na maior parte de suas respostas, fez referência ao respaldo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para os procedimentos da Enersul.

De acordo com o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR), a oitiva do diretor da empresa, “numa conversa educada e amigável”, representou grande avanço para os trabalhos da CPI. “Ainda temos muito que levantar e devemos ouvir mais pessoas”, adiantou o deputado, ao confirmar que ficou agendada reunião entre os deputados que compõem a CPI e os diretores da Enersul para esta terça-feira (24), às 14h, na sala de reuniões da presidência da Assembléia Legislativa.

Questionamentos – Entre os questionamentos a que Jorge Martins respondeu durante seu depoimento, grande parte teve como tema a qualidade do atendimento aos clientes, prejudicado, segundo avaliação relatada pelos deputados, pelo fechamento de escritórios nos municípios que é, de acordo com dados levantados pela CPI, um dos itens que mais gera reclamações.

A ausência de escritórios de atendimento no interior foi o foco das questões formuladas pela deputada Dione Hashioka (PSDB). O deputado Paulo Duarte (PT) perguntou a respeito da estrutura e da localização do Call Center da Enersul e questionou ainda a cobrança do seguro contra ligações clandestinas. O diretor da empresa disse que a Enersul dispõe de Call Center com capacidade para o trabalho de 40 atendentes e, sobre o seguro, voltou a alegar a autorização da Aneel para tal cobrança.


Jorge Martins também respondeu a perguntas sobre os salários pagos aos diretores da empresa que, na maioria, não residem em Mato Grosso do Sul. De acordo com ele, esses diretores prestam serviço às três empresas da holding Energias do Brasil (Enersul em MS, Bandeirante em SP e Excelsa no ES) e, dessa forma, a remuneração dessas pessoas seria rateada entre as diferentes concessionárias.

O deputado Youssif Domingos (PMDB) iniciou seus questionamentos com uma pergunta que classificou como óbvia: “Tem como a Enersul baixar o custo da energia?” Em resposta, Jorge Martins falou sobre o papel do órgão regulador (Aneel) na composição das tarifas, e disse que há conversações junto ao governo do Estado no sentido de modificar a situação.

A outra pergunta, sobre a situação econômica da empresa, Jorge Martins respondeu que o superávit da Enersul em 2006 foi de apenas 5%, quando o contrato de concessão do serviço permitiria até 10%. Os 5% de lucro referentes ao ano passado equivalem a R$ 50 milhões.

Requerimentos – O maior número de perguntas ao diretor-executivo da Enersul foi feito pelo relator da CPI, deputado Marquinhos Trad (PMDB). Além de apontar situações como a classificação da empresa em 53º lugar entre as 64 concessionárias do país com relação ao índice de satisfação do cliente, questionar a estrutura e a redução no quadro funcional da empresa, e levantar aspectos sobre possíveis irregularidades na cobrança de tarifas dos consumidores rurais, o deputado também contrapôs dados levantados pela CPI às respostas fornecidas por Jorge Martins.

Ao final da audiência, a secretaria da CPI contabilizou onze requerimentos do relator, que visam solicitar à Enersul diversos tipos de informações, desde relatórios sobre a ampliação de redes até o detalhamento de processos de doação de redes privadas e relatório de devoluções em dinheiro feitas aos usuários nos últimos dez anos.

O prazo para o atendimento a essas solicitações deve ser um dos temas em discussão na reunião entre deputados e diretores da empresa marcada para a tarde desta terça-feira.

Fonte: www.al.ms.gov.br

Diretor confirma atuação fora de MS

O diretor executivo da Enersul, Jorge Martins, confirmou ontem que cinco dos seis diretores da empresa, que recebem mensalmente em torno de R$ 278 mil, não residem em Mato Grosso do Sul, conforme adiantou ao Correio do Estado o relator da CPI, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB). Segundo Martins, os supersalários são rateados de forma igualitária entre as três concessionárias que integram o Grupo Energias do Brasil, apesar de apenas 12,9% da energia distribuída pelo grupo ser destinada para o Estado.

Para Martins, é natural os diretores receberem da população de Mato Grosso do Sul, mesmo não atuando no Estado. Ele informou que os profissionais estão a par de tudo o que acontece na concessionária. "Hoje os dispositivos eletrônicos, como internet, possibilitam qualquer comunicação", argumentou.

Já Trad não considera justa esta prática. Ele teve a confirmação de que quatro dos cinco diretores que atuam fora do Estado não compareceram nem sequer uma vez a Mato Grosso do Sul em 2007. "Como eles vão conhecer a realidade da nossa população sem estar aqui?", comentou.

O relator da CPI chegou a supor, inclusive, que tais diretores não atuam para o Grupo Energias do Brasil. "Eles contratam profissionais de renome, a fim de demonstrar à Aneel que investem em qualidade de serviço, mas na realidade estas pessoas pouco participam das atividades", disse. Segundo Trad, dois dos cinco diretores são professores catedráticos da Universidade de São Paulo (USP). Martins confirmou e declarou que "não tem nada a ver com o que os diretores fazem fora do horário de expediente".

Além de considerar que a ausência dos diretores atrapalha a prestação de um serviço de qualidade, o relator da CPI afirmou que a prática é irregular. Amparado na Lei Federal de número 5.194/64, ele declarou que é obrigatória a presença de um diretor técnico na área de atuação da concessionária, porém o responsável pelo setor, Manuel Fernando das Neves Bento, está em São Paulo.

Fonte: Correio do Estado

Queda no valor da conta de luz depende da Eletrobrás

Só com o apoio da União a Enersul reduzirá a tarifa de energia em Mato Grosso do Sul. A informação foi transmitida ontem pelo diretor executivo da concessionária, Jorge Martins, durante a primeira oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga ações da empresa no Estado. O diretor condicionou um desconto imediato de 10% à disposição de o Governo federal assumir os custos com a rede de transporte básico, como acontece nos outros 25 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Segundo Jorge Martins, um dos motivos que levam os consumidores do Estado a pagarem a tarifa mais cara do País são justamente as despesas com a rede de transporte. Ele informou que nas demais unidades da Federação a Eletrobrás (empresa de economia mista controlada pelo Governo federal) custeia tais gastos, que são rateados entre todos os estados, inclusive Mato Grosso do Sul.

Os membros da CPI sinalizaram que irão propor à bancada federal a elaboração de um projeto de lei que estenda este benefício à Enersul.

Ainda durante a oitiva, os membros da comissão apresentaram outras propostas para assegurar a redução da tarifa, contudo, Jorge Martins limitou-se a condicionar a viabilidade das sugestões à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O presidente da CPI, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), por exemplo, sugeriu o fim do repasse de 1,5% à área social no período de 10 anos. Em troca, haveria o desconto imediato de 15%. Já Paulo Duarte (PT), vice-presidente da comissão, propôs à concessionária acabar com o seguro de 2% contra "gatos".

Para Youssif Domingos, membro da comissão, a maneira mais viável de reduzir a tarifa é excluir alguns itens da planilha de cálculos do reajuste da energia. Ele considera injusto, por exemplo, a concessionária incluir mais de R$ 8 milhões em gastos com os Correios.

A estratégia da comissão para obter o desconto consiste em desmantelar pontos que impactam o reajuste na tarifa. Entram na lista critérios como satisfação do cliente e investimentos direcionados ao Estado. Por meio da investigação, os membros da CPI asseguram que possuem informações que comprovam que a Enersul não é empresa de qualidade e de referência.

Caso a CPI não identifique nenhum gesto da Enersul que demonstre interesse de acordar alguma alternativa para reduzir a tarifa, o segundo passo da comissão é organizar uma enxurrada de ações judiciais que comprovem a incapacidade de alguns consumidores de pagarem a conta de energia. "A Enersul depende de sua imagem perante o mercado financeiro para engordar seu patrimônio, uma vez que comercializa ações em bolsas, portanto, ela irá agir para evitar tal medida. Daí a nossa expectativa positiva em relação a algum desconto imediato", comentou Paulo Duarte.

A pedido dos diretores da Enersul, os cinco membros da comissão vão se reunir hoje, a portas fechadas, com o primeiro escalão da empresa. O assunto em pauta será a redução da tarifa.

Fonte: Correio do Estado

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Diretor confirma: Enersul tem kwh mais caro do País

Em audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a composição tarifária da Enersul, o diretor-executivo da empresa em Mato Grosso do Sul, Jorge Martins, admitiu que a empresa possui o quilowatt hora mais caro do Brasil – estimado em R$ 0,43364, em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica divulgados no início de julho. Ele confirmou o dado a questionamento do deputado estadual Youssif Domingos (PMDB), integrante da CPI.

O custo da energia do Estado, conforme Martins, deve-se a diversos fatores. Dentre eles, a aprovação na Câmara dos Deputados “por decisão política” do fim da igualdade tarifária – fazendo com que cada concessionária aplique um preço diferente por Estado. O diretor também afirmou que, ao ser privatizada, a Enersul demandou diversos investimentos para modernização, “o que ‘quebrou’ o equilíbrio econômico/financeiro da empresa. Por isso, a Aneel deferiu as tarifas solicitadas”.

Ainda de acordo com Martins, Mato Grosso do sul possui uma peculiaridade em relação a outros Estados: aqui, a rede de transmissão está sob responsabilidade da concessionária, e não da Eletrobrás, como acontece na maioria das regiões do Brasil. “Não sabemos o porquê, mas por isso há encargos com a manutenção da rede. E por conta disso, indiretamente os consumidores daqui pagam pela manutenção dos consumidores em outros Estados”, salientou.

Valores – O deputado Paulo Duarte (PT), também integrante da CPI, questionou Martins sobre os percentuais das contas utilizados para cobrir as ligações clandestinas (os chamados “gatos”). Martins afirmou que o percentual definido pela Aneel para perdas comerciais é de 2%, sendo que outros 17% são referentes a perdas físicas (danos à rede, por exemplo). “No total dá 17%, e acima disso fica a cargo da empresa”, afirmou. O diretor também rechaçou a possibilidade de se realizar cobranças de tributos que não sejam autorizados pela agência nacional. “A Enersul é auditada frequentemente pelo poder concedente, e negocia suas ações em bolsas de valores. Isso seria impensável e impossível”, salientou.

Durante a audiência, o presidente da comissão, Paulo Corrêa (PR), fez um apelo para que a empresa repense suas tarifas do ponto de vista dos clientes e das indústrias, “buscando alternativas porque já não conseguimos pagar as contas”. O parlamentar lembrou que, em 2008, será realizada uma nova revisão tarifária, que poderá deixar as tarifas ainda mais caras no Estado.

Fonte: Campo Grande News

Diretor da Enesul diz que salários são altos porque incluem os de três empresas

Ao prestar depoimentos nesta tarde na CPI da Enersul, em oitiva com os deputados na Assembléia Legislativa, o diretor-executivo da Enersul, Jorge Manuel Moreira Martins, negou que a empresa pague super-salários para os seis diretores do primeiro escalão.

Questionado pelo deputado Marquinhos Trad (PMDB), relator da CPI, Jorge Martins confirmou que os diretores recebem de R$ 200 a R$ 300 mil mensais, mas porque prestam trabalho para mais duas empresas do grupo, a Bandeirantes, que atende parte do Estado de São Paulo, e a Excelsa, que atende o estado do Espírito Santo e que o pagamento dos salários é rateado pelas três empresas.

O deputado Marquinhos Trad, também questionou o fato de que dos seis diretores, apenas um tem domicílio em Mato Grosso do Sul, que é justamente o diretor-executivo. Embora Jorge Martins tenha justificado que isso não prejudica a prestação de serviços para a empresa, o deputado Marquinhos Trad reafirmou ter certeza de que se trata de uma irregularidade, pois fere a Lei Fedeal de número 5.194/64.

Para o relator da CPI da Enersul, o alto salário do primeiro escalão da empresa também interfere na determinação dos índices tarifários, ressaltando que estes índices também são definidos pela concessionária com base no o índice de satisfação do consumidor.


"Como a empresa tem uma tarifa cara como essa se em 2006 a empresa ficou na 53ª colocação das 64 empresas do Brasil, de acordo com o índice de referência de satisfação elaborado pela Aneel?", questionou Marquinhos Trad.

Por outro lado, o relator acredita que não será possível ouvir todos os 75 diretores da empresa até a data limite para a conclusão dos trabalhos da CPI, que é 23 de setembro. "Podemos, inclusive, ter uma prorrogação neste prazo", admitiu Marquinhos Trad.

Diretor transfere responsabilidade para Aneel

Segundo o diretor-executivo da Enersul, Jorge Martins, a concessionária cumpre criteriosamente o que é determinado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e por isso não teria como reduzir a tarifa cobrada em Mato Grosso do Sul.

Para ele, o que gerou "a mais alta tarifa de energia elétrica do país" foi a queda da equalização tarifária que, a partir de 1997, fez com que as tarifas fossem diferenciadas por concessão.

A necessidade de muitos investimentos pela empresa, já privatizada, resultaria, em 2003 (na primeira revisão tarifária da Aneel) em um reajuste de mais de 30%.

"Isso, logicamente, provocou um aumento excessivo, mas totalmente dentro da lei", explicou Martins.

CPI questiona Enersul sobre ausência de diretores em MS

O diretor-executivo da Enersul em Mato Grosso do Sul, Jorge Martins, afirmou na tarde desta segunda-feira (23 de julho) que os diretores da empresa no Estado também prestam serviços em outras empresas do grupo Energias do Brasil – detentora da concessionária do setor elétrico sul-mato-grossense – e, por esse motivo, não possuem residência fixa na Capital. A informação foi prestada durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada na Assembléia Legislativa para apurar a composição tarifária da Enersul.

Martins foi questionado pelo deputado estadual Marcos Trad (PMDB), relator da CPI, sobre o fato de que diretores da Enersul “sequer vieram ao Estado neste ano”. Como resposta, o diretor da empresa afirmou que “não é preciso estar com os pés em Campo Grande para prestar serviços a Mato Grosso do Sul”, ressaltando que boa parte dos assuntos referentes ao Estado e a empresa é tratada através de meios eletrônicos, com videoconferências.

O diretor considerou, ainda, que reside em Campo Grande, “o que não significa que não vou atuar em Coxim, por exemplo”. Martins ressaltou que os diretores são compartilhados entre as empresas da Energias do Brasil, como forma de se buscar eficiência no atendimento e a redução de custos.

O deputado estadual também comentou os números apontados pela Agência Nacional de Energia Elétrica, que colocam a Enersul no 53º lugar entre 65 concessionárias do setor elétrico do País em satisfação dos consumidores. Como resposta, o representante da empresa lembrou que, recentemente, a Enersul foi condecorada com um prêmio da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia, como a melhor concessionária das regiões Norte e Centro-Oeste.

Fonte: Campo Grande News

"Funcionários são compartilhados", explica Martins


O diretor-executivo da Enersul Jorge Martins explicou aos parlamentares, integrantes da CPI, que vários funcionários da concessionária são pagos pela empresas que compõem a holding Energias do Brasil.

Questionado sobre o domicílio profissional de diversos diretores da empresa, Martins alegou que a situação é prevista em empresas similares à Enersul e que existem meios eletrônicos como e-mail, vídeo-conferência, telefones celulares, amplamente utilizados no sistema de gestão da concessionária.

Martins explicou também que os salários são compartilhados com o objetivo de reduzir custos e promover a eficiência nas empresas.

"Nioaque possui escritório", afirma diretor da Enersul

Questionado por Marquinhos Trad, relator da CPI, sobre a existência de escritórios da Enersul em alguns municípios do Estado, o diretor-executivo, Jorge Martins afirmou que em Nioaque há um escritório de atendimento da concessionária.

Trad apresentou ofício assinado pela prefeita do município, Ilca Domingos, que relata a inexistência de escritório da empresa em Nioaque. Além disso, Ilca afirma no documento que o prédio da concessionária está desativado.

De acordo com Jorge Martins, a Enersul possui 48 escritórios próprios de atendimento no Mato Grosso do Sul, 11 a mais do que é exigido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Jorge Martins inicia depoimento

O diretor-executivo da Enersul Jorge Manuel Martins já iniciou seu depoimento aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito.

A oitiva iniciou pontualmente às 15 horas. O presidente da CPI, deputado estadual Paulo Corrêa (PR) abriu a sessão ressaltando a importância dos trabalhos da comissão e agradecendo toda a equipe responsável pela CPI.

O relator da CPI, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) é o primeiro a fazer questionamentos a Martins.

Depoimento em tempo real

Acompanhe no blog, o depoimento do diretor-executivo da Enersul, Jorge Martins, a partir das 15 horas. A oitiva será transmitida ao vivo pela TV Assembléia, canal 09 da Net, terá a cobertura do site www.al.ms.gov.br e do blog www.cpidaenersul.com.br.

Charge do dia - Correio do Estado

Enersul paga R$ 278 mil por mês a cada diretor

Com base na planilha da revisão tarifária de 2003, o relator da CPI da Enersul, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), concluiu que cada diretor da empresa energética recebe mensalmente em torno de R$ 278 mil. O levantamento indica que naquele ano foram gastos R$ 20 milhões com os supersalários, que teriam sido rateados entre seis diretores, sendo que apenas um deles atuaria em Mato Grosso do Sul.

Antônio Eduardo da Silva Oliva, diretor-presidente; Thomas Daniel Brull, diretor-administrativo; Torel Soares Ramos, diretor-comercial; Manuel Fernando das Neves Bento, diretor-técnico, e José Simões Neto, diretor de regulação, integram a lista dos profissionais que não atuam no Estado.

O quinteto está locado em São Paulo. Jorge Martins, diretor-executivo, seria o único prestador de serviço presente na Enersul, informou Marquinhos Trad.

Como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece parte da receita gasta com os surpersalários para efeitos de cálculo da tarifa, o consumidor sul-mato-grossense acaba pagando pelo alto serviço de profissionais que nem sequer atuam no Estado.

Por intermédio da assessoria de imprensa, a Enersul afirmou que o teto máximo da soma da remuneração dos diretores e conselheiros administrativos fixado em assembléia dos acionistas é de R$ 6 milhões e, deste montante, a Aneel reconheceria apenas R$ 2,49 milhões para efeitos de cálculo tarifário. Diferenças acima desse valor seriam bancadas pelos acionistas. Sem citar nomes, a assessoria de imprensa da concessionária assegurou ainda que quatro diretores e um presidente atuam no Estado.


Sem investimentos

Além de repudiar os supersalários pagos pela população sul-mato-grossenses, o relator da CPI da Enersul é contrário a outras ações da concessionária. Segundo ele, a empresa energética não realiza compras de equipamentos, de veículos e de outros produtos de valor no Estado. "A superintendência de compras está locada em São Paulo. Qualquer aquisição de valor significativo é feita lá", garantiu.

Como exemplo, Marquinhos Trad citou a compra de 500 computadores em 2006. "Todo o material foi adquirido em São Paulo", revelou. Ele frisou ainda que a concessionária direciona licitações para beneficiar empresas de outros estados.

Fonte: Correio do Estado

Empresa está em baixa no quesito satisfação

A Enersul é uma das piores concessionárias do País no quesito satisfação do consumidor. Entre as 64 empresas brasileiras, a multinacional ocupa o 53º lugar, conforme revela a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da publicação do Índice de Satisfação do Cliente (Iasc) de 2006.

A melhor colocação nos últimos sete anos da Enersul foi registrada em 2002, antes da aplicação do tarifaço, que reajustou o serviço no Estado em 51,87%. Na época, a empresa apareceu em 28º lugar.

Um ano depois, o grau de satisfação do consumidor decaiu substancialmente. Da 28ª posição, a concessionária passou a ocupar o 46º lugar, já em 2004, o 53º, um ano mais tarde, o 47º e, em 2006, voltou à 53ª posição. Já a Elektro, que atende cinco municípios sul-mato-grossenses, ficou em 26º lugar no ano passado – 27 posições à frente da multinacional.

Para o relator da CPI da Enersul, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), a pesquisa expressa a realidade observada no Estado. Ele informou que, no decorrer dos trabalhos da CPI, vários problemas foram detectados e relatados pela população.

Entre as deficiências, Marquinhos Trad destacou a ausência de escritórios de atendimento ao consumidor no interior do Estado. Pesquisa da CPI revela que o serviço está disponível em apenas 10 dos 73 municípios de abrangência da concessionária. Segundo o relator da comissão, a presença dos escritórios é mais um artifício que influencia a Aneel, que recomenda a implantação do serviço, a conceder os reajustes solicitados pelas empresas.

Além da ausência dos escritórios, Marquinhos Trad frisou que muitos municípios ficam sem energia por longo espaço de tempo, sendo que a Enersul não deve deixar a população sem luz em média 11 horas por ano. "Quando venta um pouco em Jaraguari, a energia já cai", citou.

Para o relator da CPI, a situação é contraditória. "Como a Enersul se intitula empresa de referência diante destes dados? Em Campo Grande, por exemplo, a população ficou sem energia por mais de 15 horas na semana passada. Uma empresa que se determina a melhor não pode deixar de agradar ao consumidor, mesmo diante de uma forte chuva", comentou.


Mais queixas

Demonstrar a insatisfação do cliente em relação ao serviço prestado pela Enersul não é uma particularidade da Aneel. O Procon de Mato Grosso do Sul também atesta esta constatação. Desde abril, a empresa energética ocupa o primeiro lugar, em valores nominais, na lista de reclamações registradas no órgão. De 22 de maio a 15 de junho, foram computadas 152 queixas, o que corresponde a 15,53% do total de reclamações verificadas pelo órgão. (LK)

Fonte: Correio do Estado

Jorge Martins confirma presença em oitiva

O diretor-executivo da Enersul, Jorge Martins, confirmou presença na oitiva desta segunda-feira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações da concessionária em Mato Grosso do Sul.

Caso as respostas do principal gestor da empresa energética no Estado não convençam os cinco membros da CPI, os demais dirigentes e técnicos da multinacional também serão convocados para prestar depoimento, informou o relator da comissão, deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB).

Conforme o parlamentar, os membros da CPI montaram, na semana passada, estratégia para colocar em prática durante a oitiva. Marquinhos Trad frisou que todos os questionamentos estão baseados em fatos concretos, que foram apurados pela comissão no decorrer das investigações.

Inicialmente a oitiva estava prevista para ocorrer dia 11 de julho, porém Jorge Martins recuou, alegando a ausência "por força de compromissos anteriormente assumidos fora do Estado e impossibilidade de seu remanejamento".

Para o presidente da CPI da Enersul, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), a medida fez parte de uma estratégia da empresa de aguardar a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), que estuda pedido de cancelamento dos trabalhos da comissão.

Caso Jorge Martins não compareça hoje para o depoimento, ele corre risco de ser preso, enfatizou Paulo Corrêa. A CPI conta com previsão regimental, que dispõe sobre a coerção, ou seja, a possibilidade de usar a força policial para obrigar o diretor da Enersul a prestar informações. (LK)

Fonte: Correio do Estado

Diretor-executivo da Enersul deve depor à CPI nesta segunda

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul aguarda para hoje, às 15h, o depoimento do diretor-executivo da empresa, Jorge Manuel Moreira Martins. O empresário justificou a ausência para a primeira convocação, alegando que não estaria no Estado na ocasião.

Dessa vez, Martins recebeu convocação coercitiva para explicar os fatores determinantes para a tarifa de luz cobrada dos 699,4 mil consumidores de 73 municípios do Estado ser a mais cara do País.

Na semana passada, os assessores e deputados começaram a analisar os documentos encaminhados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que detalham o balanço econômico-financeiro da concessionária entre 2002 e 2007. O presidente da comissão recebeu o relatório do presidente da agência, Jerson Kelman, no dia 12.

De acordo com o presidente da CPI, Paulo Corrêa (PR), os documentos serão analisados pela equipe técnica que assessora os trabalhos da comissão e pelos próprios deputados. Os parlamentares pretendem esclarecer, por exemplo, se há irregularidades na composição do patrimônio remunerado da concessionária.

Fonte: Agora MS