Ao prestar depoimentos nesta tarde na CPI da Enersul, em oitiva com os deputados na Assembléia Legislativa, o diretor-executivo da Enersul, Jorge Manuel Moreira Martins, negou que a empresa pague super-salários para os seis diretores do primeiro escalão.
Questionado pelo deputado Marquinhos Trad (PMDB), relator da CPI, Jorge Martins confirmou que os diretores recebem de R$ 200 a R$ 300 mil mensais, mas porque prestam trabalho para mais duas empresas do grupo, a Bandeirantes, que atende parte do Estado de São Paulo, e a Excelsa, que atende o estado do Espírito Santo e que o pagamento dos salários é rateado pelas três empresas.
O deputado Marquinhos Trad, também questionou o fato de que dos seis diretores, apenas um tem domicílio em Mato Grosso do Sul, que é justamente o diretor-executivo. Embora Jorge Martins tenha justificado que isso não prejudica a prestação de serviços para a empresa, o deputado Marquinhos Trad reafirmou ter certeza de que se trata de uma irregularidade, pois fere a Lei Fedeal de número 5.194/64.
Para o relator da CPI da Enersul, o alto salário do primeiro escalão da empresa também interfere na determinação dos índices tarifários, ressaltando que estes índices também são definidos pela concessionária com base no o índice de satisfação do consumidor.
"Como a empresa tem uma tarifa cara como essa se em 2006 a empresa ficou na 53ª colocação das 64 empresas do Brasil, de acordo com o índice de referência de satisfação elaborado pela Aneel?", questionou Marquinhos Trad.
Por outro lado, o relator acredita que não será possível ouvir todos os 75 diretores da empresa até a data limite para a conclusão dos trabalhos da CPI, que é 23 de setembro. "Podemos, inclusive, ter uma prorrogação neste prazo", admitiu Marquinhos Trad.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário