segunda-feira, 23 de julho de 2007

Diretor da Enesul diz que salários são altos porque incluem os de três empresas

Ao prestar depoimentos nesta tarde na CPI da Enersul, em oitiva com os deputados na Assembléia Legislativa, o diretor-executivo da Enersul, Jorge Manuel Moreira Martins, negou que a empresa pague super-salários para os seis diretores do primeiro escalão.

Questionado pelo deputado Marquinhos Trad (PMDB), relator da CPI, Jorge Martins confirmou que os diretores recebem de R$ 200 a R$ 300 mil mensais, mas porque prestam trabalho para mais duas empresas do grupo, a Bandeirantes, que atende parte do Estado de São Paulo, e a Excelsa, que atende o estado do Espírito Santo e que o pagamento dos salários é rateado pelas três empresas.

O deputado Marquinhos Trad, também questionou o fato de que dos seis diretores, apenas um tem domicílio em Mato Grosso do Sul, que é justamente o diretor-executivo. Embora Jorge Martins tenha justificado que isso não prejudica a prestação de serviços para a empresa, o deputado Marquinhos Trad reafirmou ter certeza de que se trata de uma irregularidade, pois fere a Lei Fedeal de número 5.194/64.

Para o relator da CPI da Enersul, o alto salário do primeiro escalão da empresa também interfere na determinação dos índices tarifários, ressaltando que estes índices também são definidos pela concessionária com base no o índice de satisfação do consumidor.


"Como a empresa tem uma tarifa cara como essa se em 2006 a empresa ficou na 53ª colocação das 64 empresas do Brasil, de acordo com o índice de referência de satisfação elaborado pela Aneel?", questionou Marquinhos Trad.

Por outro lado, o relator acredita que não será possível ouvir todos os 75 diretores da empresa até a data limite para a conclusão dos trabalhos da CPI, que é 23 de setembro. "Podemos, inclusive, ter uma prorrogação neste prazo", admitiu Marquinhos Trad.

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