sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Jornal Nacional - Superfaturamento

Em Mato Grosso do Sul, desde dezembro, os consumidores têm recebido um desconto na conta de energia elétrica. Ainda sim, o estado tem a sétima tarifa mais cara do Brasil.

Uma fábrica de lingerie produz 300 mil peças por mês. Com tantas máquinas funcionando, a conta de energia elétrica não sai por menos de R$ 20 mil. “A cada conta de energia que chega, a gente leva um susto”, reclamou a gerente Roseli Schwarz.

Nas casas, os consumidores também reclamam do preço. A dona-de-casa Telma Cordeiro mudou para um apartamento pequeno e faz de tudo para gastar menos. "Na sacada também não tem lâmpada, tudo para economia”, disse a dona-de-casa.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa do estado investigou as contas da companhia de energia. A comissão descobriu uma irregularidade: os preços dos cabos de transmissão estavam superfaturados. A empresa repassou os custos para mais de 700 mil consumidores, que durante quatro anos pagaram a mais pela energia elétrica.

A companhia de energia estima que cobrou R$ 140 milhões indevidamente. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu o erro e está calculando o valor real da cobrança irregular.

Desde de dezembro, o consumidor de Mato Grosso do Sul recebe um abatimento mensal de 5% na conta. Mas a Aneel não decidiu como vai devolver o dinheiro pago a mais pelo consumidor.

“Estamos fazendo uma proposta para que esta devolução seja individualizada em dinheiro ou em energia, mas em um prazo mais curto possível para que o consumidor possa se sentir ressarcido”, assegurou o superintendente Procon de Mato Grosso do Sul, Wiliam Souza Brito.

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