A partir de setembro o consumidor sul-mato-grossense deverá pagar cerca de 3,014% a menos pela energia. O índice de redução foi apresentado ontem pela Enersul aos membros da CPI, que investigam ações da concessionária no Estado. A comissão insistiu em um abate mais significante, por isso deu mais seis dias para a multinacional estudar a viabilidade de ampliar a redução. Os deputados querem pelo menos um corte equivalente ao reajuste de 3,46%.
O diretor de regulação da Enersul, José Simões Neto, praticamente descartou as chances de aumentar o percentual de redução. "3,014% é o nosso limite. Caso contrário, não vamos suportar o impacto financeiro", afirmou.
Mesmo diante da declaração, a CPI acredita que o corte chegará a 3,46%. "Inicialmente, a Enersul descartava qualquer redução, porém propôs abatimento de 1,5% e agora se ofereceu a diminuir mais que o dobro da sugestão inicial. Isso significa que existem chances do índice decair ainda mais", comentou o relator da CPI, Marquinhos Trad (PMDB). Ele frisou ainda que estudo técnico da CPI apontou que a concessionária pode reduzir a conta em 5%, sem abalar sua economia.
Diante da pressa em aplicar o abatimento ao consumidor, o acordo deverá ser firmado dia 30. Um dia antes, a CPI se reúne com empresários. Em pauta estarão fórmulas para diminuir o custo da energia para o setor industrial. A Enersul propôs um abate de 5%, em troca quer suspender em determinados horários o serviço, isso em comum acordo com os empresários. A CPI quer mais. Segundo o presidente da comissão, Paulo Corrêa (PR), está em estudo a formação de uma cooperativa para propiciar a compra de energia no mercado livre. A medida poderá reduzir em até 18% a conta dos empresários.
Sobre os demais pedidos da CPI, como a formação de comissões para acompanhar a aplicação dos recursos oriundos do fundo social e os destinados à eficiência energética, além da ampliação da permanência dos recursos recebidos pela Enersul e depositados em instituições bancárias, a concessionária não apresentou posição. A expectativa é que na reunião do dia 30 a CPI obtenha uma resposta.
Fonte: Correio do Estado
sábado, 25 de agosto de 2007
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